Informação relativa às visitas a Estruturas Residenciais para Idosos (Lares) e Unidade de Cuidados Continuados (UCC).
Todos os testes de despiste à COVID-19, realizados recentemente a 145 colaboradores da Instituição deram negativo.
Estes resultados fazem valer o esforço e dedicação de todos, que muito tem exigido aos nossos colaboradores, utentes e famílias, dando-nos força para continuar e acreditar, sendo fruto do empenho integrado e conjunto com o Município de Boticas, Autoridades de Saúde, Segurança Social e o apoio da União das Misericórdias Portuguesas.
Para o Provedor, Fernando Campos, “os resultados são a reprodução do momento e atestam, até agora, o sentido de responsabilidade e espírito de missão, quer no local de trabalho, quer fora dele”.
A Misericórdia de Boticas vai continuar, com todo o rigor, a desenvolver ações no combate a este inimigo “sem rosto”, relembrando, ainda, a importância de continuar a cumprir as normas e recomendações da Direção Geral da Saúde.
Para além das medidas que cumprem as orientações do Ministério da Saúde e da Direção-Geral da Saúde, a Misericórdia de Boticas, desde cedo, reforçou as medidas de prevenção e combate ao COVID-19. Os dados agora obtidos são uma segurança de que, até à data, o caminho adotado se tem revelado eficaz, não podendo ficar agora, despreocupados, quanto ao rumo a seguir e à atitude cautelosa e vigilante, que esta terrível doença nos exige.
A Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS) e a União da Misericórdias Portuguesas (UMP) tornam pública a sua preocupação com a grave situação que se vive nos lares de idosos e de deficientes de Portugal no contexto da pandemia COVID-19.
O COVID-19 é uma doença aguda, de rápida evolução, alta contagiosidade, e elevada mortalidade na população frágil e idosa. Em outros países europeus assistiu-se a cenários de extrema gravidade nos idosos em lar tendo esta população chegado a representar 30% da mortalidade diária.
Os lares em Portugal são instituições de restrito âmbito social. Apesar das alterações nos últimos anos das necessidades da população residente nos lares, nunca foi permitida pelo Estado a sua requalificação, apesar de todas as diligências das instituições representativas do setor.
Os lares não são, pois, unidades de saúde e não têm como missão nem possuem condições, quer em termos de infraestruturas, quer em termos de recursos técnicos e humanos para darem acompanhamento na situação de doença aguda, não sendo, pois, compreensível nem aceitável que o Estado queira deixar os doentes com COVID-19 nos lares, retirando os utentes que não estão infetados.
Um doente com infecção COVID-19 necessita de cuidados de saúde, com vigilância diária por médicos e enfermeiros. Precisará muito provavelmente de controlo sintomático em fim de vida por doença aguda e rapidamente progressiva. Suporte que os lares não podem dar sem o apoio complementar da saúde.
No caso da infecção COVID-19, acresce o risco de disseminação interna da doença em estruturas que não têm condições físicas (espaços de isolamento), equipamentos de protecção individual (EPI) e profissionais de saúde adequadamente treinados para prevenir o contágio. E, pela enorme concentração de pessoas frágeis, também não faz qualquer sentido comparar os lares às casas das pessoas.
O Governo, através do despacho conjunto, seguido da Orientação da DGS 09-2020, atualizada em 07-04-2020, veio agora claramente impor aos lares a vigilância e tratamento de doentes com infecção COVID-19, sem definir a cobertura necessária de médicos enfermeiros e o fornecimento de EPI.
A Autoridade de Saúde, que pela orientação referida coordena a actuação em lar com utentes com infecção COVID-19, deverá assegurar antecipadamente o seguimento clínico pelo hospital e pelos ACES e ULS eficaz, com adequada alocação nominal de profissionais e respectivos horários, e o fornecimento de equipamentos de protecção individual.
Infelizmente, porém, temos assistido repetidamente nos últimos dias a situações dramáticas de doentes residentes em lar a quem não são assegurados os cuidados básicos de saúde.
A verdade é que continuamos no terreno a assistir à decisão de manter os doentes COVID-19 dentro da instituição, sem providenciar antecipadamente o mínimo de cobertura referida, com tristes espetáculos de descoordenação.
Os números são claros em mostrar que temos conseguido manter a maioria dos lares livres de COVID e vamos continuar esse esforço.
Nesse sentido, decidimos constituir um Gabinete Técnico composto por profissionais qualificados para apoio às Misericórdias e que vai ser alargado à CNIS.
Sem prejuízo deste esforço, alastra entre dirigentes e trabalhadores dos lares uma sensação de impotência e abandono por parte do Governo, levando a esta justa manifestação pública de Provedores e dirigentes de IPSS e profissionais.
Preocupam-nos igualmente as famílias, a quem deixamos a nossa solidariedade, pois sofrem com a pandemia, com o afastamento afectivo dos seus idosos e a quem esta situação tem provocado um desnecessário aumento de ansiedade e angústia.
Os lares não abandonam os seus utentes.
Os lares não abandonam as famílias que lhes confiaram os seus entes queridos.
Os profissionais estão a dar provas de enorme competência e espírito de missão, muitos vivendo no local longe das famílias, garantindo segurança aos utentes.
Todos dão o melhor de si no apoio às pessoas frágeis, com profissionalismo, dando-lhes cuidados e suporte.
No entanto, as auxiliares não podem prestar cuidados de saúde em doença aguda. Não é a sua competência nem a sua missão. Não são médicos, nem enfermeiras.
Porque queremos contribuir para manter o País informado de modo transparente, será produzido um reporte bissemanal da situação nos lares.
A UMP e a CNIS querem garantir os cuidados de saúde aos idosos e deficientes residentes em Lar e, para isso, disponibilizam-se para encetar, aos vários níveis, um diálogo construtivo com as entidades prestadoras de saúde.
A UMP e a CNIS inquietam-se com o silêncio do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social (MTSS) sobre a questão central de articulação com o Ministério da Saúde.
Os lares não são equipamentos de saúde, são tutelados pelo MTSS. Aguardamos, pois, uma tomada de posição do MTSS sobre o seu papel neste esforço de coordenação que estamos a propor.
O Presidente do Centro Cultural e Recreativo de Pinho, Alexandre Santos, entregou esta quarta-feira, dia 7 de abril, diverso Equipamento de Proteção Individual (EPI) para combate ao COVID-19, nomeadamente batas de proteção pessoal, luvas e desinfetante antibacteriano para as mãos.
A Misericórdia agradece e enaltece esta generosa oferta, que ajudará no combate a esta pandemia que nos afeta a todos.
Muito obrigado pelo exemplo e solidariedade!
Mais fotos disponíveis na página oficial de Facebook da Misericórdia de Boticas.
A Misericórdia continua com os trabalhos de desinfeção e higienização dos acessos e espaços comuns.
Esta é uma das várias medidas adicionais, adotadas numa tentativa de combater e minimizar os riscos inerentes à propagação do novo coronavírus.
Para o Provedor da Instituição, Fernando Campos, “neste momento, a prioridade é proteger utentes e colaboradores fazendo todos os esforços para que não haja a transmissão deste vírus.”
Entretanto, por favor, FIQUE EM CASA! Proteja-se a si e aos outros!
A ERPI N. Sra. da Livração, viveu em festa o passado dia 21 de março, por ali ter comemorado o seu centenário de nascimento a utente D. Maria Anjos Braga, atualmente a utente mais idosa das várias respostas sociais.
À aniversariante, juntaram-se no refeitório muitos outros utentes, os quais, com a sua presença e carinho, quiseram homenagear quem tão bonita idade acabara de completar.
Como as visitas a utentes estão temporariamente suspensas devido à Covid-19, à festa juntou-se a neta da agora centenária senhora, e funcionária daquela resposta social, que se juntou a outros familiares através de videochamada.
Um convívio cheio de alegria partilhado por todos, que contribuiu para amenizar esta fase menos boa que estamos a viver.
Familiares de utentes institucionalizados nas várias Respostas Sociais, podem desde amanhã, dia 17 de março, estabelecer o contacto por videochamada através da aplicação WhatsApp.
Medidas de contenção à propagação do COVID – 19.
As respostas sociais da Creche, Educação Pré-Escolar, Centro de Atividades e Tempos Livres (CATL), estarão encerradas até ao próximo dia 9 de abril, data em que o governo fará uma reavaliação.